Pascal Wehrlein está prestes a disputar pela primeira vez as 24 Horas de Le Mans, considerada a prova mais emblemática WEC. Piloto da Fórmula E, o alemão mostrou confiança em sua adaptação ao Porsche 963 e agradeceu os conselhos de seus companheiros de equipe Felipe Nasr e Nick Tandy, com quem divide o carro #4 da equipe alemã.
Com passagens por diferentes categorias, incluindo Fórmula 1 e DTM, Wehrlein acredita que sua bagagem o ajuda a se adaptar rapidamente a diferentes tipos de carros. “Já pilotei muitos estilos de veículos ao longo da carreira. Desde protótipos de turismo no DTM, passando pela F1 com alta carga aerodinâmica até a Fórmula E. Isso me dá uma base sólida para entender o que um carro precisa para ser competitivo”, avaliou.
Segundo ele, a transição para o hipercarro da Porsche foi surpreendentemente natural. “O Porsche 963 e o carro da Fórmula E são tão distintos que não há comparação. Isso facilita a adaptação, porque não tento transferir sensações de um carro para o outro. São mundos completamente diferentes”, explicou.
Wehrlein também destacou que o apoio dos companheiros de equipe tem sido essencial, especialmente de Nasr e Tandy — este último vencedor de Le Mans em 2015 — e dos pilotos Laurens Vanthoor e Kévin Estre, com quem compartilhou experiências durante a etapa de Spa.
“Tenho perguntado muito para eles. Quero evitar erros comuns de quem está estreando. Meu foco é entender bem os procedimentos: as regras, as zonas de lentidão, o tráfego. Uma penalização aqui pode arruinar toda a corrida”, apontou o piloto.
Ele também mencionou os conselhos de Timo Bernhard, campeão de Le Mans, especialmente sobre como lidar com o tráfego intenso da prova. “A questão não é só o ritmo, mas saber onde e como passar carros mais lentos sem comprometer o desempenho. Às vezes, é melhor esperar e economizar energia do que tentar uma ultrapassagem arriscada”, concluiu Wehrlein, mostrando maturidade em sua preparação para o desafio de 24 horas.