Embora a IndyCar Series tenha uma abundância de pilotos qualificados prontos para ocupar os 27 carros em tempo integral em 2025, o mesmo não se pode dizer sobre engenheiros de corrida experientes. Esses profissionais se tornaram recursos raros e extremamente valiosos, deixando as equipes em uma corrida paralela para preencher suas necessidades técnicas.
Ganassi e Juncos em busca de soluções
A Chip Ganassi Racing, que reduzirá suas entradas na IndyCar de cinco para três carros, procura um engenheiro de corrida para trabalhar com Kyffin Simpson, enquanto a Juncos Hollinger Racing precisa preencher a vaga deixada por Stephen Barker, que supostamente se juntou à PREMA Racing. Ambas as equipes enfrentam desafios significativos para atrair talentos capacitados para atender às demandas únicas da categoria.
Para Mike Hull, diretor da Ganassi, a busca por engenheiros experientes é global: “Perdemos dois engenheiros seniores no final da temporada, algo inesperado. Estamos explorando o mercado mundial para encontrar profissionais que possam fortalecer nossa equipe.” Hull enfatiza que engenheiros com experiência na IndyCar e uma perspectiva prática sobre as necessidades dos pilotos são os mais difíceis de encontrar.
Na Juncos Hollinger, Dave O’Neill, chefe de equipe, destacou a complexidade de contratar para uma equipe emergente: “Buscamos jovens entusiasmados, mas também precisamos de estabilidade e experiência. Encontrar esse equilíbrio é o nosso maior desafio.” O’Neill também apontou os obstáculos específicos de adaptar engenheiros de outras categorias para trabalhar em ovais, algo incomum fora da IndyCar.
Alternativas e desafios únicos
As equipes geralmente começam sua busca dentro do paddock, mas também recorrem a categorias como IMSA, Fórmula 1 e NASCAR em busca de profissionais experientes. Quando isso não é suficiente, promovem engenheiros assistentes ou exploram talentos em universidades renomadas. No entanto, o conhecimento técnico necessário para lidar com os diferentes tipos de pistas da IndyCar, especialmente ovais, dificulta a adaptação de quem vem de fora da categoria.
Com novas regulamentações e carros previstos para o futuro, a estabilidade e a expertise na engenharia serão cruciais. Para equipes como Ganassi e Juncos Hollinger, a busca por esses talentos não é apenas uma necessidade imediata, mas também um passo essencial para se prepararem para as mudanças e garantirem competitividade nos próximos anos.