A Fórmula E se prepara para uma nova era! Em reunião realizada nesta terça-feira (10) pelo Conselho Mundial de Automobilismo da FIA, em Macau, foram divulgadas as diretrizes técnicas do carro GEN4, que entra em ação na temporada 2026–2027, após o ciclo de quatro anos do atual modelo GEN3.
Um dos grandes marcos da nova geração é a adoção definitiva da tração nas quatro rodas, que tornará a Fórmula E a primeira categoria de monopostos com esse tipo de configuração em todos os carros do grid. No atual GEN3 Evo, a tração integral é usada apenas na largada, nas disputas de qualificação direta (Duels) e durante o uso do modo de ataque.
Além disso, os novos carros contarão com uma potência máxima significativamente superior: de 350kW para 600kW. A capacidade de regeneração de energia também foi ampliada, passando de 600kW para 700kW, o que permitirá que os bólidos gerem mais energia do que consomem em determinadas situações.
Os avanços já começaram a ser notados nos testes iniciais. O ex-piloto de F1 James Rossiter, que já foi chefe de equipe da Maserati na Fórmula E, superou os 338 km/h (210 mph) durante uma sessão no circuito de Jarama, na Espanha.
A Fórmula E também divulgou imagens que revelam algumas mudanças no design do novo carro, incluindo uma seção dianteira mais estreita e uma asa frontal de múltiplos elementos com duas configurações aerodinâmicas — uma voltada para alta carga e outra para baixa. As imagens também deram uma prévia dos pneus Bridgestone, que assumem o posto de fornecedora oficial a partir da temporada 2026–2027, substituindo a Hankook.
Pela primeira vez na história da categoria, haverá dois compostos de pneus disponíveis: um principal para todas as condições climáticas e outro específico para situações de chuva extrema. A mudança visa atender à demanda por melhor desempenho em pista molhada, após cancelamentos de sessões em provas como as de Tóquio e Xangai devido a condições severas de clima.
Com essas mudanças, a Fórmula E se reposiciona como uma das categorias mais inovadoras do automobilismo mundial, mirando maior performance, segurança e adaptabilidade ao longo das corridas futuras.