A Mercedes cometeu um deslize nos boxes durante a bandeira vermelha do Q2 no GP do Bahrein de F1, e o preço veio em forma de punição. George Russell e Andrea Kimi Antonelli perderam uma posição cada no grid de largada após saírem para o pitlane antes da liberação oficial, infringindo o regulamento esportivo.
Com isso, Charles Leclerc, que havia se classificado em terceiro, herda um lugar na primeira fila ao lado de Oscar Piastri. Pierre Gasly, por sua vez, sobe para a quarta posição, enquanto Antonelli cairá para quinto.
Segundo os comissários da FIA, o erro foi resultado de uma interpretação equivocada por parte do chefe de engenharia de pista da Mercedes, Andrew Shovlin. Ele acreditou que a mensagem com o “tempo estimado de relargada” exibida na página 3 da tela de cronometragem indicava o horário oficial para retorno à pista. A decisão de liberar os carros foi tomada antes do tempo permitido, ainda durante a paralisação causada pelo acidente de Esteban Ocon.
Embora Shovlin tenha alegado que não houve ganho esportivo com a ação — já que ainda restavam 11 minutos de sessão e as outras equipes poderiam cumprir seus planos —, a FIA entendeu que a antecipação poderia, sim, representar vantagem. Os comissários reforçaram que, mesmo sem intenção de burlar as regras, a ação compromete o princípio de igualdade entre as equipes em condições de bandeira vermelha.
Dessa forma, a punição foi aplicada como forma de estabelecer um precedente. A FIA optou por penalidades esportivas em vez de multas financeiras, para evitar que outras equipes usem interpretações semelhantes no futuro. Os comissários também alertaram que, em caso de reincidência, punições mais severas poderão ser adotadas.
Assim, Russell partirá da terceira posição em vez da segunda, enquanto Antonelli larga em quinto.