A atuação sólida de George Russell no GP do Bahrein de F1 rendeu ao britânico da Mercedes o segundo lugar no pódio. Mas um detalhe chamou atenção após a prova: Russell ativou o DRS fora do regulamento, sem estar a menos de um segundo do carro à frente. Apesar disso, o piloto não foi punido.
De acordo com a FIA, Russell enfrentava uma série de problemas eletrônicos em seu carro, incluindo a perda do sistema de freio eletrônico (brake-by-wire). Além disso, houve uma falha com o transponder, fornecido por terceiros, que interferiu na posição correta do piloto no sistema de classificação, confundindo também o controle automático do DRS.
Diante da situação, a FIA autorizou a equipe Mercedes a utilizar um modo manual de substituição. Russell foi instruído a usar um botão auxiliar no volante que também funciona como botão de rádio reserva — e que, por coincidência, ativa manualmente o DRS.
Na tentativa de se comunicar com seu engenheiro entre as curvas 10 e 11, Russell pressionou o botão, abrindo o DRS de forma acidental. Como ele percebeu o erro, aliviou imediatamente o acelerador para fechá-lo, o que o fez perder mais tempo do que ganhar: segundo a telemetria, o DRS ficou ativado por apenas 37 metros em uma reta de aproximadamente 700, gerando um ganho de 0s02, mas uma perda de 0s28 na curva seguinte.
“Assim, embora tecnicamente tenha ocorrido uma infração, os Comissários decidiram que, como não houve vantagem esportiva, nenhuma penalidade foi imposta”, explicou a FIA em comunicado.
Com isso, George Russell manteve seu segundo lugar no Bahrein, e a Mercedes evitou um problema maior. A FIA reforçou que segue avaliando cada caso com base na intenção do piloto, nas condições técnicas e na presença (ou não) de ganho esportivo real.