A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciou oficialmente nesta quarta-feira (23) que a General Motors será uma das fornecedoras de motores da Fórmula 1 a partir da temporada de 2029. A montadora norte-americana terá sua própria unidade de potência sob o nome GM Performance Power Units LLC, já reconhecida pelo órgão regulador.
O movimento marca uma expansão significativa da GM dentro da principal categoria do automobilismo mundial. A montadora estreará na F1 em 2026, com a marca Cadillac em parceria com a equipe Andretti, mas nesse primeiro momento, utilizará motores Ferrari.
Nova fase para a Fórmula 1 e para a GM
Em nota oficial, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, celebrou a entrada da GM como um passo importante para o futuro do esporte:
“A aceitação da GM como fornecedora de unidades de potência a partir de 2029 marca mais um avanço na expansão global da Fórmula 1 e evidencia o crescente interesse de grandes fabricantes mundiais. Isso fortalece nosso compromisso com a inovação, sustentabilidade e inclusão no esporte.”
Ben Sulayem também destacou que esse caminho faz parte de uma visão de longo prazo, iniciada há mais de dois anos com o objetivo de expandir o grid e abrir portas para novos talentos e fabricantes.
Estrutura dedicada nos Estados Unidos
O projeto da GM já está em desenvolvimento. Em 2026, a montadora planeja inaugurar uma instalação exclusiva para a Performance Power Units LLC, localizada próxima ao seu Centro Técnico em Charlotte, nos EUA. Lá, serão feitos os testes e a produção dos motores que estrearão oficialmente em 2029.
O comando da nova divisão de motores está nas mãos do experiente Russ O’Blenes, nomeado CEO da GM Performance Power Units. Ele comentou a importância da aprovação:
“Com esta chancela da FIA, aceleramos nossos esforços para entregar uma unidade de potência americana de alto nível à Fórmula 1. Este é um marco empolgante para a GM.”
Expansão da F1 nos Estados Unidos ganha força
A chegada da General Motors como fornecedora oficial de motores é vista como mais um movimento estratégico da Fórmula 1 para reforçar sua presença nos Estados Unidos, mercado prioritário para a categoria nos últimos anos.
Com a inclusão da Andretti-Cadillac e o avanço do projeto de motor próprio, os EUA caminham para ter uma representatividade técnica e esportiva inédita na F1 moderna — tanto no grid quanto nos bastidores.
A estreia da GM como fabricante de motores em 2029 promete ser um divisor de águas na história da Fórmula 1 — e um sinal claro de que a categoria vive um momento de expansão, renovação tecnológica e globalização como nunca antes.