A Tailândia deu um passo decisivo rumo à realização de um Grande Prêmio de F1 em Bangkok. O governo do país asiático aprovou oficialmente uma proposta para sediar a categoria a partir de 2028, com um investimento estimado em US$ 1,2 bilhão (aproximadamente R$ 6,6 bilhões). O plano prevê a realização de uma corrida de rua na capital tailandesa, com contrato inicial de cinco temporadas.
O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa pelo ministro do Turismo, Sorawong Thienthong, que confirmou a liberação dos recursos. A movimentação reforça a intenção do país em entrar de vez no calendário da categoria, apoiada tanto por autoridades quanto pelo público tailandês.
O interesse da Tailândia ganhou força após a visita do CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, a Bangkok no início da atual temporada, quando discutiu o potencial do país em receber uma corrida. Pouco depois, o piloto tailandês da Williams, Alex Albon, também se encontrou com o primeiro-ministro Paetongtarn Shinawatra e relatou entusiasmo com os planos. “É bom ver o comprometimento da Tailândia. Eles estão levando isso muito a sério. Há projetos sólidos em andamento”, afirmou Albon na ocasião.
O governo tailandês já conta com um memorando de entendimento assinado com a F1, sinalizando que as negociações estão avançadas. Ainda não se sabe em qual período do ano o GP de Bangkok aconteceria, considerando que o calendário atual já possui 24 etapas, o máximo permitido sob os regulamentos vigentes. No entanto, com a possível rotação de algumas etapas europeias nos próximos anos, uma nova corrida na Ásia pode se encaixar.
Enquanto isso, o circuito de Ímola, que deixará o calendário da Fórmula 1 a partir de 2026, foi confirmado como a principal opção de reserva da categoria para o ano seguinte. Em entrevista ao jornal Il Resto del Carlino, Domenicali explicou que o tradicional circuito italiano será acionado caso alguma etapa regular não possa ser realizada.
“Se por algum motivo um dos eventos planejados não acontecer, Ímola estará pronta para receber a F1”, disse o dirigente. A partir de 2027, a F1 também estuda implementar um sistema de rodízio entre circuitos europeus clássicos, como forma de equilibrar tradição e expansão global.
“Não se trata de um adeus definitivo a nenhum circuito europeu”, afirmou Domenicali. “Mas precisamos respeitar o cenário global. Ímola segue no nosso radar como uma opção importante.”