O Balanço de Performance (BoP), um dos temas mais polêmicos do Mundial de Endurance (WEC), passará por uma grande reformulação em 2026. O anúncio foi feito por Pierre Fillon, presidente do Automobile Club de l’Ouest (ACO) — entidade que, ao lado da FIA, regula o campeonato. Após as discussões que marcaram a temporada de 2025, o dirigente admitiu que o atual formato “não funcionou como deveria” e prometeu mudanças significativas.
Em entrevista ao site Endurance24, concedida durante as 6 Horas de Fuji, Fillon afirmou que o objetivo é simplificar o processo e torná-lo mais compreensível para equipes, pilotos e torcedores.
“Acho que já não deveríamos falar em BoP, mas sim em gestão de desempenho. Vamos redesenhar completamente o processo. As equipes técnicas da ACO, FIA e IMSA estão trabalhando junto aos fabricantes para criar algo mais simples e claro para o próximo ano”, declarou.
Fillon revelou ainda que chegou a propor a extinção completa do BoP, mas a ideia foi rejeitada por unanimidade pelos construtores.
“Foi proposto a todos os fabricantes eliminar o BoP, mas todos se negaram. Eles pediram para mantê-lo”, contou o presidente do ACO.
Apesar das críticas, Fillon ressaltou que o sistema tem méritos, destacando que, em Fuji, todos os carros estiveram separados por menos de um segundo — prova de que o equilíbrio entre as marcas é possível quando o processo é bem executado.
“O problema não é o conceito do BoP em si, mas o processo atual, que precisa ser reestruturado. Nossos técnicos tentam equilibrar os carros da melhor forma possível, e esse é um desafio extremamente complexo”, explicou.
O dirigente descartou a ideia de que o BoP será ajustado a cada corrida e enfatizou que o desempenho final depende de muito mais do que números e pesos.
“O BoP representa apenas cerca de 30% do resultado. Estratégia, pneus, pilotos e condições de corrida também fazem a diferença — e às vezes esquecemos disso. É essencial preservar esses elementos estratégicos”, concluiu.
A promessa de uma revisão estrutural no BoP surge em um momento delicado para o WEC, após a saída da Porsche e reclamações públicas de várias equipes sobre o equilíbrio entre os Hypercars e LMGT3. A expectativa é que o novo modelo traga mais consistência, transparência e previsibilidade ao regulamento de 2026.
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