A IndyCar se prepara para uma grande revolução técnica com a introdução de um novo chassi em 2027, substituindo o atual DW12, usado desde 2012. Com a mudança se aproximando, os times enfrentam a necessidade de fazer depósitos ainda em 2026 e custear os novos carros em meio à manutenção de seus orçamentos operacionais — que hoje variam entre US$ 8 e US$ 10 milhões por temporada. Para aliviar esse impacto, a Penske Entertainment estuda um plano de financiamento inédito.
Segundo informações do site RACER, Roger Penske está considerando bancar os custos iniciais dos novos chassis para as equipes interessadas, permitindo o reembolso parcelado ao longo de alguns anos. O modelo funcionaria como um empréstimo direto entre a organização de Penske e os times, sem intermediação de instituições bancárias. A proposta ainda está em fase inicial de discussão.
A ideia surgiu em uma reunião com donos de equipes em outubro de 2023, quando foi ventilada a possibilidade de financiar ao menos o primeiro carro novo de cada time. Agora, há possibilidade de ampliar o suporte para múltiplos carros, facilitando a adaptação completa ao novo regulamento.
Mark Miles, CEO da Penske Entertainment, explicou:
“Nosso foco está em viabilizar o novo carro e garantir que ele ofereça tudo que acreditamos. Depois, é controlar os custos e criar uma estrutura que permita às equipes absorverem o impacto financeiro.”
Equipes que não contam com grandes reservas financeiras seriam as mais beneficiadas. No entanto, nomes como Dale Coyne afirmaram que preferem buscar crédito direto com bancos:
“Posso pegar um empréstimo e comprar três carros. Isso não tem valor para mim, mas é porque eu posso bancar. Ainda assim, o dinheiro precisa ser gasto”, disse o veterano.
Ed Carpenter, dono da Ed Carpenter Racing, mostrou interesse:
“A proposta soa interessante, mas precisamos entender melhor os detalhes.”
Com a definição final do novo chassi se aproximando, a Penske deve decidir em breve se o modelo de financiamento será implementado. A proposta pode se tornar um diferencial importante para garantir competitividade e sustentabilidade entre todas as equipes da categoria durante a transição para uma nova era técnica.