A Indy está diante de um quebra-cabeça logístico para montar o calendário da temporada 2026. O motivo? A realização da Copa do Mundo de Futebol, entre os dias 11 de junho e 19 de julho, nos Estados Unidos, México e Canadá — países em que a categoria de monopostos também compete. Com boa parte de suas corridas ocorrendo justamente nesse período, a organização da Indy busca soluções para não perder espaço e visibilidade no cenário esportivo.
Mark Miles, CEO da Penske Entertainment, empresa que controla a categoria, reconheceu que a coincidência de datas representa um grande desafio. A FOX, emissora responsável pela transmissão da IndyCar, também detém os direitos do Mundial de Futebol nos Estados Unidos, o que aumenta a complexidade na construção de um cronograma competitivo e atrativo. “Já estamos em discussões sobre isso. É um desafio real, mas também pode se transformar em oportunidade para apresentar a Indy a novos públicos”, explicou Miles à revista Racer.
Apesar do cenário desafiador, o objetivo segue o mesmo: manter 17 etapas na temporada 2026, número considerado ideal por Miles. Para isso, uma das estratégias em estudo é reduzir os longos intervalos entre as primeiras provas do calendário. Atualmente, as quatro primeiras corridas do ano têm espaçamento de três semanas entre si, algo que deve mudar no próximo ano.
O calendário começa a tomar forma. O GP de Arlington, por exemplo, está confirmado para 15 de março. A abertura deve continuar com a tradicional etapa de St. Petersburg, no início do mesmo mês. Já em relação ao México, Miles indicou negociações avançadas para o retorno da Indy ao país, com possibilidade de realizar uma etapa válida pelo campeonato, em moldes semelhantes ao GP de Toronto.
Outro ponto em discussão é a permanência do GP de Thermal, realizado em um clube privado na Califórnia. Apesar da boa recepção por parte das equipes e do paddock, a audiência abaixo do esperado e problemas na transmissão ao vivo deixaram dúvidas sobre a continuidade do evento. Miles, no entanto, reforçou o interesse em manter a parceria com o Thermal Club, mesmo que para futuras sessões de testes.
“Foi uma experiência positiva, mas precisamos avaliar o formato e a proposta. Ainda estamos analisando. Nosso relacionamento com o circuito é excelente, e queremos encontrar uma forma de continuar colaborando”, concluiu.