A Fórmula E vive um momento decisivo nos bastidores, com equipes buscando alternativas para garantir sua permanência na categoria. A McLaren, que já confirmou sua saída oficial ao fim da temporada 2025, e o Grupo Stellantis, responsável por marcas como DS, Maserati, Citroën e Opel, estão em conversas para uma possível parceria técnica e comercial.
O cenário atual aponta incertezas para os dois lados. A Maserati, operada pelo Monaco Sports Group (MSG), enfrenta sérias dificuldades financeiras e chegou perto de ser vendida para o empresário Brooklyn Earick, mas o negócio não avançou devido a questões contratuais.
Já a McLaren, embora vá deixar a Fórmula E como marca, mantém sua estrutura esportiva ativa e busca um novo parceiro para seguir no grid da era Gen4. O chefe Ian James está liderando as tratativas para que a equipe continue, mesmo sob nova identidade.
Enquanto isso, a DS Automobiles vê o fim de seu vínculo com a equipe Penske se aproximando. A equipe americana, por sua vez, já estaria dialogando com a Porsche para possível fornecimento de motores. Com a saída da DS da Penske, surge a oportunidade de uma aliança com a estrutura da McLaren.
A Stellantis, que também planeja introduzir Citroën e Opel na Fórmula E nos próximos anos, estuda uma reconfiguração que poderia resultar em três marcas no grid, elevando o número de carros para 24, o limite permitido por regulamento.
O CEO da Fórmula E, Jeff Dodds, destacou ao site The Race que, embora deseje ver o campeonato com 12 equipes, é fundamental que essas estruturas sejam sustentáveis. “Adoraria ter 12 times no grid, mas quero que sejam 12 times saudáveis, com capacidade de crescimento dentro da categoria”, afirmou.
A decisão final dependerá de acordos financeiros, viabilidade técnica e tempo hábil para preparação até a estreia da Gen4, marcada para a temporada 2025/26.