A Red Bull acionou os comissários da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) após o GP de Miami de F1 com o objetivo de investigar o sistema de freios traseiros da McLaren, suspeitando de uma possível irregularidade. Segundo a versão italiana do Motorsport.com, os austríacos apresentaram imagens térmicas que mostravam áreas azuis nos freios da rival, tonalidade que indica temperaturas mais baixas, em contraste com as cores normalmente associadas a regiões mais aquecidas, como o vermelho e o amarelo.
A suspeita da Red Bull surgiu a partir do desempenho consistente da McLaren no gerenciamento térmico dos pneus, especialmente em Miami, onde Oscar Piastri e Lando Norris não enfrentaram os mesmos problemas de superaquecimento que prejudicaram outras equipes, como a própria Red Bull. A FIA, no entanto, analisou novamente o design dos freios da equipe de Woking e concluiu que tudo está conforme o regulamento técnico da categoria.
De acordo com o portal britânico The Race, esta foi apenas mais uma de várias verificações já feitas no carro da McLaren a pedido de rivais. Até o momento, nenhuma infração foi identificada. A revista alemã Auto Motor und Sport também publicou uma matéria aprofundando a inovação desenvolvida por Rob Marshall — ex-engenheiro da Red Bull e atual projetista-chefe da McLaren —, que desenvolveu um sistema que controla a circulação de ar nos tambores de freio. Esse mecanismo mantém os freios aquecidos, mas evita que o calor em excesso atinja os pneus, melhorando sua durabilidade e desempenho.
Embora o regulamento da Fórmula 1 proíba dispositivos projetados exclusivamente para o resfriamento dos pneus, não há restrições específicas quanto aos materiais utilizados nos sistemas de freio, ponto onde estaria a chave da solução aplicada pela McLaren.
Christian Horner, da Red Bull, reconheceu o mérito da adversária: “Fizeram um ótimo trabalho com o controle de temperatura. Tivemos nossos próprios problemas com freios em Miami, e isso amplificou nosso desgaste de pneus. Precisamos entender melhor esse processo.”
Essa não é a primeira vez que a Red Bull levanta suspeitas sobre o carro da McLaren. No GP de São Paulo de 2024, a equipe austríaca insinuou que os britânicos estariam resfriando os pneus com injeções de água — algo que também não foi comprovado pela FIA na ocasião.
O episódio reacende os debates sobre os limites técnicos do regulamento e a busca incessante por inovações dentro das brechas da regra. Enquanto isso, a McLaren segue colhendo bons resultados com um carro que tem se mostrado cada vez mais competitivo e eficiente sob diferentes condições de pista.
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