O diretor de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis, comentou sobre as profundas mudanças que a F1 enfrentará em 2026 e admitiu que a transição não será simples para todas as equipes. Segundo ele, o novo regulamento traz tantas novidades que “é inevitável que algumas escuderias não estejam totalmente prontas quando os carros estrearem”.
Além da transformação nas unidades de potência, que passarão a ter até 50% da força vinda da parte elétrica (contra os atuais 20%) e serão abastecidas por combustível 100% sustentável, a aerodinâmica também passará por uma revolução: fim do DRS, introdução da aerodinâmica ativa e redução significativa do efeito-solo.
Em entrevista à Virgilio Motori, Tombazis explicou que a alteração não é apenas técnica, mas também estratégica para garantir competitividade e atrair novos fabricantes.
“Em 2021, a Honda chegou a anunciar a saída da F1 e até a Renault parecia incerta. Com o regulamento atual, qualquer novo fornecedor teria de enfrentar rivais com dez anos de experiência. Isso desincentivava a entrada de montadoras”, destacou.
O dirigente ressaltou ainda que as próprias fabricantes pressionaram por um direcionamento mais sustentável: mais potência elétrica, simplificação dos motores e corte de custos — ainda que, segundo ele, os valores permaneçam elevados.
Recentemente, Toto Wolff, chefe da Mercedes, levantou a hipótese de os novos carros chegarem a 400 km/h. A ideia foi até ironizada por Max Verstappen, mas Tombazis minimizou a especulação.
“Do ponto de vista teórico, seria possível, mas os regulamentos que controlam como e onde usar a energia vão impedir isso. Estamos tranquilos”, afirmou.
Tombazis também confirmou que a FIA segue dialogando com equipes e fabricantes para ajustes finais do regulamento, principalmente após novas simulações apresentarem cenários não previstos no início. Ele reforçou que, em questões de segurança, a entidade não precisa de aprovação das equipes para intervir.
Quanto ao impacto prático no grid, o dirigente foi direto:
“Nem todas as equipes estarão no nível ideal em 2026. Algumas vão errar no início e terão de se recuperar. É previsível que, nas primeiras corridas, haja grandes oscilações de desempenho”, concluiu.
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