Não sei vocês, mas eu adorei a corrida. Gosto quando as provas são um prato cheio de caos, drama e, principalmente, reviravoltas.
Logo na largada, o clima britânico já fez das suas. Chuva em pontos isolados, pilotos trocando pneus ainda na volta de formação… resultado? Gente largando fora de posição, confusão no grid, e claro, as primeiras baixas logo de cara. O toque entre Lawson e Ocon e depois o abandono do brasileiro Gabriel Bortoleto deixaram claro que não seria um dia fácil.
Aliás, vamos falar do Bortoleto. Já começaram os gritos de “perseguição da Sauber” e até insinuações de sabotagem. Vamos com calma. O próprio piloto disse que a decisão de trocar os pneus foi dele. Tentou, não deu certo. Faz parte. Se tivesse dado certo, estariam endeusando o brasileiro. Já deu de pachecada nas transmissões. O menino tem futuro, mas não precisa ser blindado.
Agora, o meio da corrida foi um show à parte. Piastri passou Verstappen com autoridade e liderou bem na chuva, mas acabou punido com 10 segundos por um movimento na relargada. Sinceramente? Forçaram a barra. Melhor para Norris, que aproveitou o erro da Red Bull de Verstappen (rodou na relargada) e a punição do companheiro para vencer em casa. Festa mais do que merecida.
Mas o grande nome do dia, sem dúvida, foi Nico Hülkenberg. Depois de anos como sinônimo de “quase lá”, o cara finalmente subiu ao pódio — e em Silverstone! Foi lindo ver a comemoração da equipe mesmo sem champanhe e o presente da Mercedes com as garrafas. Cena simbólica. Um encerramento digno para essa fase da Sauber, antes da virada definitiva de chave.
Hamilton poderia ter aparecido nesse pódio também, mas escorregou em estratégia e cometeu alguns erros. Ele mesmo reconheceu. O terceiro lugar era dele, mas foi do destino — que, dessa vez, sorriu para o Hulk.
E sobre Verstappen… o cara ainda salvou pontos mesmo rodando e tendo um carro abaixo da média. Mas tá difícil imaginar ele disputando esse título. A Red Bull não entrega mais, e não é todo domingo que ele vai tirar leite de pedra. Norris e Piastri vão duelando na frente — e a McLaren, honestamente, não vai parece que vai perder o posto de melhor carro do grid.
Por fim, a chuva forte voltou a gerar aquela velha dúvida… por que diabos temos pneus de chuva extrema se ninguém usa? A resposta é simples: segurança. Os tempos mudaram, e o risco é mais calculado. Talvez com o novo carro de 2026, isso mude. Mas por enquanto, aceitem: a chuva pode ser emocionante, mas também assusta.
Chegamos à metade da temporada, e Silverstone nos lembrou do que realmente importa na F1: a imprevisibilidade. E quando ela encontra talento, coragem e um pouquinho de sorte… o resultado é uma corrida memorável.
Que venha a próxima!