Para quem assistiu o filme F1 com Brad Pitt, deve ter percebido uma frase de impacto que norteia o enredo: “A Fórmula 1 é um esporte de equipe.” E o domingo em Budapeste, deixou isso escancarado, para o bem — ou para o mal.
Para o bem, as McLaren brilharam. No sábado, tomaram um susto ao não obter a pole, mas souberam virar o jogo com maestria na corrida. Norris, em conjunto com seus engenheiros, colocou em prática uma estratégia de uma única parada, pouparam o equipamento de forma inteligente e dominaram. Já Piastri, com uma estratégia mais agressiva, buscou descontar sobre Leclerc e acabou travando uma disputa legítima pelo triunfo. É essa coragem que sempre me encanta na McLaren desde os anos 80 do século passado (foi quando comecei a amar este esporte) — nada de “vamos trazer as crianças para casa” ou “Guardem suas posições”. Gosto de quando quem decide é a pista. Claro, a tentativa de Piastri na penúltima volta deixou todos apreensivos, mas o show valeu o risco. Norris diminui a diferença na tabela e agora está a poucos pontos de Piastri.
A Aston Martin também merece aplausos pela consistência. Desde o sábado estiveram bem, mandando os carros cedo à pista – estratégia que rendeu boas posições de largada a seus pilotos. Na corrida a dupla foi sólida, e Fernando Alonso, mesmo com 44 anos e dores pontuais, mostrou que ainda tem muito a contribuir.
E não posso deixar de destacar a atuação da Sauber, especialmente de Gabriel Bortoleto, que foi o piloto do dia. O sexto lugar foi o melhor resultado da carreira e, com isso, rendeu pontuações essenciais para a equipe — que teve decisões certeiras como a de Hülkenberg parar no momento certo de voltar esegurar rival direto do brasileiro.
Agora que já falamos do bem, vamos falar do mal. Começamos pela Red Bull. Os dois carros pareceram enfim equilibrados, mas para pior. Mesmo sem ritmo de podium, Verstappen – sempre ele – conseguiu extrair pontos importantes que ainda o mantêm vivo na luta pelo título.
Já a Ferrari… Jesus! Tudo parecia que ia dar certo para os vermelhos. De um sábado mágico, para um desastre de domingo. A questão do carro e da estratégia, agravada por reclamações explícitas de Leclerc no rádio, mostraram o caos interno. A reunião pós-corrida deve ter sido intensa. Leclerc estava visivelmente chateado (com razão), e depois até chegou a pedir desculpas publicamente à equipe pelas críticas que fez. Já Lewis Hamilton, então, nem se fala. Foi eliminada no Q2, largou lá atrás e teve uma corrida burocrática, sem ritmo. Soou cansado, insatisfeito — já declarou várias vezes que precisa de mudanças. A relação dele com o engenheiro não deslanchou, e não duvido se a Ferrari fizer ajustes radicalmente após as férias.
No fim das contas, a Hungria provou para os céticos que na F1 não basta ter um bom piloto; é necessário uma equipe alinhada.
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