O Grande Prêmio da China de Fórmula 1 foi marcado por uma reviravolta após o encerramento da corrida: Charles Leclerc (Ferrari), Lewis Hamilton (Ferrari) e Pierre Gasly (Alpine) foram desclassificados devido a irregularidades detectadas na inspeção técnica pós-corrida. A decisão causou impacto direto na tabela de classificação, com mudanças significativas na zona de pontuação.
Segundo relatório do delegado técnico da FIA, Jo Bauer, os carros de Leclerc e Gasly estavam abaixo do peso mínimo exigido após a drenagem do combustível. Embora o carro número 16, de Leclerc, inicialmente tenha registrado os 800 kg exigidos — incluindo uma asa dianteira reserva após a quebra da original — a verificação posterior, sem o combustível, apontou 799 kg. Gasly enfrentou o mesmo problema.
Mesmo com a substituição da peça danificada por uma oficial e mais pesada, o carro de Leclerc ainda estava 1 kg abaixo do limite estabelecido pelo artigo 4.1 do regulamento técnico, que determina que esse valor deve ser respeitado em todas as fases da competição. Diante disso, o caso foi encaminhado aos comissários, que decidiram pela exclusão dos resultados.
A situação lembra o ocorrido no GP dos Estados Unidos em 2023, quando Hamilton e Leclerc também foram desclassificados por desgaste excessivo nos componentes do assoalho. No caso do britânico, a FIA encontrou blocos traseiros com espessura inferior a 9 mm, o que também configura violação do regulamento.
Durante as audiências com os comissários, tanto Ferrari quanto Alpine confirmaram que os dados levantados estavam corretos e atribuíram o erro a uma falha operacional, sem justificativas técnicas ou atenuantes.
Com a eliminação de Leclerc e Hamilton, que haviam cruzado a linha de chegada em quinto e sexto, respectivamente, outros pilotos foram beneficiados. Esteban Ocon (Haas) subiu para a quinta posição, e Andrea Kimi Antonelli, Alex Albon e Oliver Bearman também ganharam posições. Lance Stroll (Aston Martin) e Carlos Sainz (Williams) entraram na zona de pontuação.