A FIA anunciou um novo ajuste no regulamento da Fórmula 1, impondo testes mais rígidos para a flexibilidade das asas traseiras a partir do GP da China. A decisão foi tomada após a entidade analisar as imagens captadas durante os treinos livres do GP da Austrália, que revelou o alto nível de flexibilidade aerodinâmica de algumas equipes, especialmente a McLaren.
Embora todas as dez equipes tenham sido aprovadas nos testes realizados em Melbourne, a federação concluiu que ainda havia margem para explorações aerodinâmicas além do permitido. Como resultado, a largura máxima do vão entre o plano principal e o flap da asa traseira será reduzida de 2 mm para 0,5 mm quando submetida a uma carga vertical de 75 kg.
Além disso, a FIA já havia determinado que mudanças na asa dianteira entrarão em vigor apenas no GP da Espanha, a nona etapa da temporada.
Regulamento mais rígido: novas diretrizes para limitar flexibilidade aerodinâmica
A flexibilidade das asas tem sido um ponto de debate frequente na F1, pois permite que as equipes reduzam o arrasto em retas e aumentem a carga aerodinâmica em curvas. Esse fator, se explorado no limite, pode oferecer vantagens significativas em termos de desempenho.
No entanto, a FIA decidiu agir para evitar abusos e garantir um equilíbrio no regulamento técnico. Durante o GP da Austrália, sensores e câmeras foram instalados nos carros para monitorar as deformações das asas em diferentes condições de carga aerodinâmica.
Com base nas análises, a federação concluiu que a regulamentação deveria ser endurecida antes do GP da China. Além da redução da flexibilidade do “slot gap” da asa traseira de 2 mm para 0,5 mm, haverá um período de adaptação, no qual será permitida uma tolerância de 0,25 mm para as equipes ajustarem seus carros ao novo regulamento.
Próximos passos e impactos para as equipes
A mudança no regulamento técnico pode afetar diretamente o desempenho de algumas equipes, especialmente aquelas que vinham explorando ao máximo a flexibilidade das asas para obter ganho aerodinâmico.
Além disso, a introdução de novas regras para a asa dianteira no GP da Espanha pode representar outro desafio para as equipes que dependem de soluções aerodinâmicas inovadoras para ganhar desempenho.
Com o GP da China, as equipes terão um curto prazo para realizar adaptações e garantir que seus carros estejam dentro do novo regulamento. O impacto dessas mudanças poderá ser visto já na próxima etapa, quando os times colocarem suas novas configurações à prova no circuito de Xangai.