Na Fórmula Indy, como em qualquer competição automobilística, os objetivos de cada fabricante de carros são claros: vencer o campeonato de construtores, conquistar a maior corrida da temporada e, claro, ver o campeão de pilotos competindo com o emblema da sua marca. Para a Honda Racing Corporation (HRC), a temporada de 2024 trouxe uma grande conquista com o tricampeonato de Alex Palou, pilotando um carro com motor Honda. Porém, apesar desse sucesso, a histórica vitória no Indy 500 e o título de construtores novamente escaparam, com a rival Chevrolet dominando essas áreas.
Com a Chevrolet prestes a buscar o título de pilotos, mais uma vez, e tentando fazer uma varredura completa em 2025, a HRC tem pela frente a árdua tarefa de manter o título de pilotos e, ao mesmo tempo, recuperar as vitórias de maior prestígio, como o GP de Indianapolis e o campeonato de construtores.
David Salters, presidente da HRC, descreveu o desafio como um verdadeiro “plano de recuperação”, que exige muito trabalho. Salters afirmou em entrevista à RACER: “Hats off para nosso concorrente. Eles estão no topo agora, mas já estivemos nessa posição antes, e sabemos o que é necessário para voltar lá”.
Essa “recuperação” envolve um processo contínuo de aperfeiçoamento, incluindo a análise de dados de concorrentes e a busca por melhorias no motor 2.2 V6 turboalimentado. A HRC se concentra no aumento de potência, torque, eficiência de combustível e, claro, na confiabilidade do motor.
Além da engenharia e desenvolvimento do motor, a análise de dados desempenha um papel fundamental. Salters explicou que a HRC realiza reuniões semanais de engenharia para discutir os desempenhos dos carros e estudar os dados fornecidos pela IndyCar, como a telemetria de velocidade, RPM do motor e outros parâmetros. Através dessa análise detalhada, a equipe busca identificar onde a Honda pode melhorar para superar a Chevrolet, especialmente em pistas onde o desempenho de torque inicial, como em circuitos urbanos, foi um ponto forte em 2024.
Embora o processo de refinamento dos motores IndyCar, com sua fórmula que data de 2012, apresente desafios, a Honda não se intimida. Salters disse: “É difícil, mas é um desafio para todos. O importante é focar no que podemos melhorar agora, corrida por corrida.”
Em 2025, a Honda está determinada a responder ao domínio de Chevrolet e recuperar a liderança, tanto na Indy 500 quanto no campeonato de construtores da IndyCar. A luta está apenas começando.