A Ferrari #50, conduzida por Antonio Fuoco, Miguel Molina e Nicklas Nielsen, foi desclassificada das 24 Horas de Le Mans 2025 após não atender às exigências técnicas durante a inspeção pós-corrida. O trio havia terminado a lendária prova em quarto lugar, a menos de 30 segundos do carro vencedor da própria Ferrari (AF Corse #83), mas a infração relacionada à asa traseira resultou na exclusão do resultado.
De acordo com o relatório oficial dos comissários, duas infrações técnicas foram identificadas. Primeiro, a área de fixação da asa traseira apresentava quatro parafusos a menos do que o exigido na versão homologada do carro. A Ferrari confirmou a falha e reconheceu que o componente estava fora do padrão regulamentar.
A segunda infração envolveu a deflexão da asa traseira, que atingiu 52 mm em testes de verificação, ultrapassando em muito o limite máximo permitido de 15 mm, conforme estipulado no artigo 3.8.7 do regulamento técnico.
A equipe defendeu que a flexibilidade excessiva foi causada justamente pela ausência dos parafusos e alegou que não houve vantagem competitiva. No entanto, os comissários destacaram que o carro atingiu sua maior velocidade na volta 380, sugerindo benefício aerodinâmico devido à redução de arrasto.
Segundo a investigação, um mecânico da Ferrari identificou a falta de um dos parafusos por volta das 15h23 — menos de uma hora antes do fim da corrida — mas nenhuma ação corretiva foi tomada pela equipe.
Além do descumprimento do regulamento técnico, os fiscais enfatizaram que a montagem incompleta da asa traseira representava um risco estrutural considerável, especialmente sob condições de alta velocidade e estresse mecânico.
Com a exclusão do carro #50, o Cadillac #12 (Lynn, Nato e Stevens) herda a quarta colocação, com o Toyota #7, Porsche #5, Cadillac #38 e os demais concorrentes subindo uma posição na classificação geral.