Indy: Will Power revela frustração com Penske: “Fiquei irritado porque não disseram nada sobre meu contrato”

Após 16 anos na Penske, o australiano Will Power quebrou o silêncio sobre o fim de sua longa trajetória na equipe da Indy. Em entrevista ao podcast Ask Off Track, o veterano de 44 anos admitiu ter ficado “puto” com a falta de iniciativa do time em discutir uma renovação de contrato, mesmo depois de vencer três corridas na temporada 2024 e disputar o título contra Álex Palou até a última etapa.

Power contou que, ao assinar seu último contrato, havia um acordo informal para retomar as conversas no fim de 2024, caso o desempenho se mantivesse competitivo. Porém, a equipe não o procurou.

“Venci três corridas em 2024, fui o único que realmente levou a briga até Palou. Achei que a renovação seria natural. Mas eles nunca disseram uma palavra. Em maio, fiquei puto por isso. Puto de verdade. Roger nem sabia desse combinado”, desabafou.

O piloto ainda lembrou da vitória em Portland, em 2025, quando recebeu apenas uma mensagem vaga de Roger Penske: “Talvez isso ajude na sua situação para o ano que vem”.

Apesar da frustração, Power fez questão de destacar sua lealdade:
“Nunca considerei outra equipe nesses anos. Recebi propostas, até com mais dinheiro, mas nunca cogitei sair. Sempre assinei o que achava justo. A relação foi boa e sempre fui muito grato à equipe.”

Com a saída da Penske confirmada, Power assinou com a Andretti para 2026, assumindo o carro #26 deixado por Colton Herta, que vai disputar a Fórmula 2 para buscar espaço na F1 com a Cadillac.

Power contou como foi o primeiro contato com Dan Towriss, CEO da TWG Global:
“Na primeira conversa, percebi que ele entendia exatamente o que precisava mudar na equipe. Isso me deu confiança. Ele estava determinado a fazer acontecer.”

Questionado sobre aposentadoria, Power evitou estipular prazos, mas deixou clara a motivação: “Quero provar que um piloto pode ser incrivelmente competitivo aos 40 anos. Ainda dá para vencer corridas e campeonatos. Diria que por mais cinco anos é possível estar no topo, desde que não relaxe. Esse esporte exige atualização constante.”