Zak Brown, CEO da McLaren Racing, voltou a criticar a gestão da Indy sob comando da Penske Entertainment, empresa liderada por Roger Penske. Para o executivo, a categoria norte-americana de monopostos precisa adotar uma postura mais ofensiva e investir com ousadia para alcançar o crescimento que tanto deseja — e que, segundo ele, está ao alcance.
“Algumas vezes, estão muito na defensiva. Redução de custos, redução de custos e redução de custos. Em algum momento, tem de dizer: ‘vou investir mais para ter mais”, afirmou Brown em entrevista recente, reforçando seu descontentamento com o ritmo de desenvolvimento da Indy nos últimos anos.
Apesar de ter elogiado a recente mudança de emissora — a partir de 2025, a Indy é exibida nos Estados Unidos pela FOX —, o dirigente acredita que falta uma visão estratégica mais arrojada. Ele citou como exemplo o investimento da Fórmula 1 no GP de Las Vegas, que, mesmo não sendo imediatamente rentável, gerou retorno em patrocínios e valorização dos direitos televisivos.
“Há uma diferença entre sustentar o esporte e cobrir algumas perdas e escolher um número. Mesmo que a corrida em si não seja lucrativa, ela atraiu muitos novos patrocinadores e garantiu um contrato de televisão mais lucrativo”, argumentou.
No final de 2024, Mark Miles, CEO da Penske Entertainment, havia anunciado um reposicionamento da categoria com foco maior em grandes eventos. Como parte dessa estratégia, a Indy assumiu o controle de etapas importantes como o GP de Long Beach, Nashville e lançou o novo GP de Arlington, no Texas. Mas para Brown, o passo ainda é tímido diante do potencial inexplorado da categoria.