A Haas F1 enfrenta um problema grave no desempenho de seu carro para a temporada 2025 e não prevê uma solução imediata. O chefe da equipe, Ayao Komatsu, revelou que a equipe foi surpreendida por um déficit significativo nas curvas de alta velocidade, especialmente no GP da Austrália, onde o desempenho ficou muito abaixo do esperado.
Durante os testes no Bahrein, a Haas seguiu um plano focado no ritmo de corrida e no gerenciamento de pneus, sem explorar totalmente o desempenho em voltas rápidas. No entanto, ao chegar a Melbourne, a equipe percebeu que seu carro sofria uma grande instabilidade em curvas rápidas, com destaque para as curvas 9 e 10, comprometendo toda a performance na pista.
Problema Grave e Sem Solução de Curto Prazo
Komatsu revelou que, no TL1, a perda de desempenho foi tão severa que ele chegou a pensar que algo havia quebrado no carro:
“Em uma volta rápida, o carro simplesmente apagou. Achei que havia algo quebrado ou fora do padrão. Mas depois verificamos que não havia falha mecânica e percebemos que o problema era nas curvas de alta velocidade”, explicou o chefe da Haas.
A única alternativa foi sacrificar o desempenho nas curvas de baixa velocidade para tentar melhorar a estabilidade nas curvas rápidas. Mesmo assim, a evolução foi limitada:
“Fizemos alguns ajustes e conseguimos uma melhora na curva 9, mas a curva 10 continuou sendo um grande problema. Entendemos o motivo, mas não temos como resolver em todas as curvas ao mesmo tempo”, completou Komatsu.
A Haas acredita que a raiz do problema está na interação do carro com o solo em baixas alturas de rodagem, um fator crítico na aerodinâmica dos carros de F1.
Apesar das dificuldades, Komatsu garantiu que a Haas não pretende abandonar o desenvolvimento do carro para focar apenas em 2026. A equipe entende onde está o problema e buscará soluções ao longo da temporada, mesmo que isso exija um processo mais demorado.
“O próximo passo é identificar exatamente qual parte do carro precisamos modificar para corrigir essa deficiência. Algumas soluções podem ser rápidas, mas outras exigirão testes no CFD e no túnel de vento. Infelizmente, não teremos uma solução imediata – é um problema bastante severo”, finalizou Komatsu.
Com isso, a Haas deve enfrentar dificuldades nas próximas corridas, até que consiga implementar mudanças estruturais significativas no carro.