A continuidade da Maserati na Fórmula E está sob ameaça após um acordo de venda da equipe dar errado. Gerida pelo MSG (Monaco Sports Group), a operação atravessa uma grave crise financeira e depende, neste momento, do suporte direto da própria categoria para seguir competindo.
A equipe, que já teve ligação com a Venturi na era dos trens de força Mercedes, foi comprada anos atrás pelos empresários Scott Swid e José Aznar. Nos bastidores, a busca por um novo investidor vinha sendo tratada como urgente, especialmente diante das dificuldades financeiras enfrentadas pelo time.
Recentemente, tudo indicava que a salvação estava próxima. O empresário Brooklyn Earick, fundador da empresa Redacted RnD, chegou a firmar um acordo para adquirir o controle da equipe após o eP de Jedá, em fevereiro. No entanto, segundo o portal e-Formula.news, cláusulas contratuais não foram cumpridas e o negócio foi desfeito.
Com o fracasso da negociação, a situação se agravou. Atualmente, a Maserati permanece na Fórmula E com apoio emergencial da própria organização da categoria — cenário que já ocorreu com outras equipes em anos anteriores. Para piorar, o grupo Stellantis, controlador da Maserati e da DS Automobiles (que fornece os trens de força ao time), ainda não confirmou sua permanência na Fórmula E para a próxima era, a Gen4, prevista para 2026.
Apesar dos bastidores turbulentos, o desempenho da equipe em pista não reflete a crise. Na temporada 2024/25, a Maserati ocupa a quinta posição no Campeonato de Equipes, superando nomes como Jaguar, Andretti e Envision. Entre os pilotos, Jake Hughes aparece em quinto lugar no Mundial, com 27 pontos, enquanto Stoffel Vandoorne soma 16 e é o 13º.
A Fórmula E retorna entre os dias 11 e 12 de abril com o eP de Miami, no circuito de Homestead. Até lá, a Maserati segue correndo contra o tempo — dentro e fora das pistas — para garantir sua sobrevivência na categoria elétrica.