Fórmula E: António Félix da Costa expõe tensão com Wehrlein e descontentamento na Porsche: “Me sinto prisioneiro”

O futuro de António Félix da Costa na Porsche para a temporada 2025/26 da Fórmula E segue indefinido, mas o piloto português não esconde o desconforto com a atual situação. Em entrevista à Dazn Portugal, Da Costa falou abertamente sobre o clima tenso que vive na equipe, principalmente com o companheiro de time, Pascal Wehrlein, e sobre a insatisfação por não poder competir no WEC e na categoria elétrica ao mesmo tempo.

“Há um ambiente pesado dentro da garagem entre mim e Pascal, um ambiente que não gosto de trabalhar, não gosto de fazer parte. Achei que poderia ser resolvido, mas infelizmente não foi o caso”, declarou o piloto, referindo-se ao desentendimento iniciado ainda no desfile de pilotos do eP de São Paulo, etapa de abertura da temporada.

Mesmo com essa relação desgastada, a Porsche mantém uma cláusula contratual que lhe dá a opção de renovar com Da Costa. Caso não encontre um substituto à altura, o português pode acabar permanecendo na equipe — cenário que indicaria mais um ano de tensão interna.

O veterano também voltou a criticar a decisão da Porsche de impedir que seus pilotos participem de dois campeonatos no mesmo calendário, algo que ele fez durante boa parte da carreira.

“Tenho feito isso nos últimos dez anos, só não fiz nos últimos dois. Um pouco por ser prisioneiro da Porsche, onde internamente não gostam que façam dois campeonatos. Pessoalmente, gosto de fazer. Estou trabalhando para voltar a disputar o WEC e a Fórmula E no próximo ano”, afirmou.

Segundo Da Costa, há “50% de chance” de seguir na Porsche, mas a presença no grid da Fórmula E para 2025/26 está garantida, independentemente da equipe.

A próxima temporada da categoria começa no dia 6 de dezembro, com o eP de São Paulo, no Sambódromo do Anhembi, marcando o início de mais um capítulo da disputa elétrica.