A Fórmula 1 foi alvo de críticas após a divulgação parcial de uma comunicação de rádio entre Lewis Hamilton e a Ferrari durante o GP da China. O episódio gerou questionamentos sobre uma suposta tentativa de distorcer a narrativa da ordem de equipe em favor de Charles Leclerc. Em resposta, a Formula One Management (FOM), responsável pela transmissão oficial, reconheceu o erro, mas negou qualquer intenção de manipulação.
O episódio ocorreu na volta 20 da corrida, quando a transmissão exibiu Riccardo Adami, engenheiro de Hamilton, informando: “nós vamos trocar as posições na curva 14”. Em seguida, o piloto britânico respondeu: “quando ele estiver perto, sim”. No giro seguinte, Leclerc ultrapassou o companheiro de equipe.
Contudo, o início da conversa, ocorrido na volta 18, foi omitido da exibição. Nele, Hamilton toma a iniciativa e diz: “acho que vou deixar Charles ir, pois estou sofrendo”. A exclusão dessa parte gerou críticas, inclusive de Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari, que classificou a edição como uma “piada”.
Com o áudio completo disponível ao vivo na F1 TV — onde os rádios de todos os pilotos são transmitidos sem cortes — fãs perceberam a omissão. A FOM se pronunciou ao site RaceFans e explicou: “Não tivemos nenhuma intenção de apresentar uma narrativa enganosa. Devido a outras situações durante a corrida, a mensagem de Lewis não foi exibida, mas isso não foi deliberado”.
Apesar da colaboração de Hamilton, a troca de posições não trouxe benefícios à Ferrari. Após a prova, tanto os carros da equipe italiana quanto o de Pierre Gasly foram desclassificados por irregularidades técnicas.
A próxima etapa da Fórmula 1 será entre os dias 4 e 6 de abril, no tradicional circuito de Suzuka, no Japão, marcando a terceira corrida da temporada 2025.