As recentes declarações de Stefano Domenicali, CEO da F1, reacenderam o debate sobre o futuro do formato da categoria. O dirigente italiano defende o aumento do número de corridas sprint, a possível redução na duração dos GPs e até a implementação de grid invertido — proposta que já foi bastante criticada no passado.
A ideia, no entanto, não agradou a todos. Entre os contrários está Esteban Ocon, piloto da Haas, que considerou exagerada a possibilidade de ter provas curtas em todos os finais de semana.
“Mudar para um estilo tipo MotoGP seria extremo. Ter uma sprint em cada corrida não melhoraria necessariamente o espetáculo”, afirmou o francês.
Ocon destacou que a Fórmula 1 já testou diferentes formatos ao longo dos anos, como pneus obrigatórios em classificações, super pole e a introdução das próprias sprints. Para ele, ajustes pontuais podem ser válidos, mas não mudanças radicais.
Outro ponto levantado pelo piloto é a duração das provas. Ocon concorda que algumas corridas, como a de Singapura, poderiam ser encurtadas, mas defende que pistas como Spa-Francorchamps e Monza exigem tempo suficiente para o desenvolvimento de estratégias, o que aumenta o espetáculo.
“As últimas dez voltas são sempre emocionantes porque a corrida é longa e as estratégias se sobrepõem. Isso é parte do que torna a F1 única”, completou.
Sobre os treinos livres, Ocon reconheceu que não são a parte mais atraente para os fãs, mas considera essencial para o trabalho das equipes. Ele até admite que reduzir o número de sessões poderia funcionar, mas alerta que a imprevisibilidade já é parte do charme do esporte.
O francês também sugeriu que dar mais peso às sessões de classificação poderia apimentar os finais de semana. Uma ideia seria resgatar o formato de super pole, no qual cada piloto tem apenas uma volta rápida, aumentando a pressão sobre as equipes.
Enquanto Fernando Alonso defendeu o retorno do reabastecimento como alternativa para dinamizar as corridas, e Flavio Briatore se mostrou favorável a sprints em todas as etapas, Ocon reforçou sua visão mais conservadora: preservar a essência da Fórmula 1 e evoluir com cautela.
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