F1: Carlos Sainz aponta mudança de filosofia como chave para Williams ser competitiva em 2026

Carlos Sainz afirmou que a Williams precisa passar por uma mudança profunda no conceito de seus carros se quiser disputar em alto nível na F1 a partir de 2026. Embora a equipe tenha apresentado avanços significativos nesta temporada, o espanhol reconhece que o FW47 ainda sofre com limitações, principalmente em circuitos com curvas de raio longo.

Usando o GP da Hungria como exemplo, Sainz destacou que o modelo atual apresenta dificuldades para manter a pressão aerodinâmica em pistas desse tipo. Até agora, a Williams marcou pontos em 10 das 14 corridas de 2025, mas o desempenho segue irregular e dependente de traçados com retas extensas e curvas mais fechadas.

“Conversamos bastante depois da classificação na Hungria. Vim de uma equipe que fez a pole para outra que largou em 13º comigo. Consegui dar um retorno muito claro sobre por que esse carro perde rendimento em pistas assim”, disse o piloto.

Sainz afirmou que o problema não é pontual, mas uma característica que se repete:

“Quando estamos em circuitos como Barcelona, Hungria ou Catar, sofremos demais. É preciso uma mudança muito grande na filosofia de design para o futuro.”

O espanhol reforçou que toda a equipe já está focada no projeto de 2026, o que significa que o atual carro não receberá novos pacotes aerodinâmicos.

“Estamos alinhados sobre o caminho que queremos seguir. A interação com Alex e James tem sido muito boa, mas o carro não está mais no túnel de vento, então não podemos aplicar esse feedback agora.”

Na segunda metade da temporada, Sainz pretende priorizar consistência e execução perfeita nos fins de semana, já que outras equipes do pelotão intermediário têm evoluído mais rapidamente.

“Na Hungria, testei três ou quatro acertos diferentes e acabei voltando ao que funcionou bem em Miami e Ímola. Fomos superados no desenvolvimento e viemos para uma pista que não favorece nosso carro. Agora, é garantir consistência e fins de semana limpos.”