Após mais um desempenho frustrante de Lewis Hamilton com a Ferrari no GP da Hungria, o ex-chefe da F1, Bernie Ecclestone, sugeriu que o britânico considere se aposentar da categoria. Em entrevista ao Mail Sport Portugal, o empresário não apenas aconselhou o heptacampeão a se retirar das pistas, como também indicou dois jovens talentos como potenciais substitutos — entre eles, o brasileiro Gabriel Bortoleto.
Ecclestone destacou que, apesar do talento inegável de Hamilton, o piloto já atingiu o auge de sua carreira e estaria agora apenas prolongando uma trajetória que pode colocá-lo em risco. “Lewis é brilhante, sempre foi, mas todo atleta de elite chega a um ponto onde a descida é inevitável. E não é bom seguir por esse caminho”, afirmou.
O ex-dirigente reforçou que Hamilton deveria focar em novas atividades fora do automobilismo e abrir espaço para talentos emergentes. “Se eu estivesse assessorando o Lewis, negociaria com a Ferrari para que ele desse lugar a um novo piloto. Ele já conquistou tudo. Correr mais seria desnecessário.”
Bernie foi além e sugeriu dois nomes como possíveis substitutos: Isack Hadjar, da Racing Bulls, e Gabriel Bortoleto, atualmente na Sauber. “Se eu pudesse ‘roubá-lo’, pegaria Isack Hadjar, da Racing Bulls. Ele se saiu muito bem no primeiro ano e é um cara ótimo. Também elogio o nosso amigo do Brasil, ele é talentoso”, disse.
Hamilton, que está no primeiro ano de seu contrato de três temporadas com a Ferrari, não indicou intenção de deixar a F1, mesmo após resultados aquém das expectativas. No GP da Hungria, o britânico sequer chegou ao Q3 na classificação, enquanto seu companheiro Charles Leclerc garantiu a pole.
Ecclestone demonstrou preocupação com os riscos físicos que Lewis pode enfrentar ao continuar competindo em alto nível. “Ele não precisa mais correr riscos. Sete títulos já bastam. Não vale a pena arriscar lesões sérias apenas para seguir no grid.”
Apesar da especulação, a troca por Bortoleto parece improvável no curto prazo. O brasileiro tem contrato com a Sauber até 2026, quando a equipe passa a ser oficialmente controlada pela Audi. Ainda assim, com a chegada do novo regulamento técnico da F1 em 2026, o cenário pode mudar e tanto a Ferrari quanto Hamilton terão decisões importantes pela frente.
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