Confesso: poucas vezes me diverti tanto assistindo a uma corrida da Fórmula 1 quanto nesse GP de Miami de 2025. E olha que não foi só pela disputa intensa entre os líderes — foi também pelo show à parte que algumas equipes e pilotos proporcionaram. Vamos por partes.
Oscar Piastri parece viver sua era de ouro. Frio, calculista, técnico. O cara tem cara e jeito de veterano, mas ainda é um dos mais jovens do grid. Em Miami, ele não apenas venceu: ele dominou. Partiu para cima de Verstappen sem medo, cravou a ultrapassagem com firmeza e depois abriu vantagem como se fosse o dono da pista. Quarta vitória em seis corridas. É difícil não considerá-lo o nome do ano até agora.
Mas se Piastri foi o rei do dia, para mim o piloto que mais brilhou foi Alex Albon. Sim, Albon, com a Williams. Enquanto todos os olhares estavam voltados para o topo, lá vinha ele, discreto, eficiente, e no final terminou em quinto lugar. Considerando o desempenho geral da Williams, esse resultado é quase uma vitória. Dá gosto ver um piloto tirar tudo (e mais um pouco) do carro que tem nas mãos.
E por falar em desempenho… a Ferrari. Ah, a Ferrari. Se existisse um troféu de alívio cômico da temporada, já seria deles. As cenas do rádio entre Hamilton e o engenheiro foram de um constrangimento delicioso. O britânico, claramente mais rápido, pedindo para passar Leclerc, e o engenheiro se enrolando todo, até que finalmente autorizaram — com direito a tirada sarcástica de Hamilton pelo rádio, claro. E depois ainda teve a devolução de posição. Cômico, surreal, 100% Ferrari. Alguém precisa transformar isso em série, e com roteiro de comédia mesmo.
Outro momento digno de nota (e de meme) foi quando George Russell anunciou uma possível chuva pelo rádio. Suspense. Expectativa. Aí… nada. Não caiu uma gota. Foi literalmente uma “chuva para inglês ver” — e só ele viu.
No fim, o pódio teve Piastri, Norris e Russell. Verstappen segurou um quarto lugar importante, e Albon, como já falei, foi o destaque silencioso do dia. Antonelli também não comprometeu, fechando em sexto.
O campeonato está longe de definido, mas se tem uma coisa clara, é que 2025 está entregando emoção, talento e, felizmente, boas doses de entretenimento puro — mesmo que às vezes ele venha pelo rádio da Ferrari.