Desde sua chegada à Alpine em 2023, Pierre Gasly tem sido a imagem de consistência e talento — um verdadeiro ponto de estabilidade em meio ao turbilhão que se estabeleceu em Enstone. O francês, que migrou da Red Bull em busca de protagonismo, assumiu o papel de líder técnico e chegou até a superar Esteban Ocon, acumulando pontos e demonstrando desempenho acima da média. No entanto, a evolução da equipe ficou aquém das expectativas.
A pré-temporada já deu sinais claros: o carro era lento, imprevisível e incapaz de lutar no meio do pelotão. Com o passar da temporada, a situação só piorou. A Alpine caiu para a lanterna do grid, enquanto até equipes antes menos expressivas mostravam progressão.
No cockpit, Gasly emergiu como um ponto de luz. Em meio ao vaivém na liderança do time — com Flavio Briatore retornando ao posto e crises internas que beiravam o policial — ele permaneceu firme, quase intocável. Enquanto seus companheiros de equipe (como Jack Doohan e Franco Colapinto) permanecem fora do radar, Gasly segue como o único a render resultados.
A unidade de potência Renault, já sabidamente defasada, agrava o quadro. A mudança para motores Mercedes só será implementada em 2026 — tarde para esta temporada, mas uma esperança para o futuro. Gasly continua sendo, hoje, a principal (e praticamente única) esperança da Alpine para resgatar alguma dignidade na Fórmula 1.