A Red Bull garantiu a permanência de Yuki Tsunoda até o fim da temporada 2025 da F1, mesmo diante de resultados decepcionantes. Após mais uma corrida sem pontuar, desta vez no GP do Canadá, a pressão aumenta sobre o piloto japonês, enquanto Isack Hadjar, destaque da Racing Bulls, ganha cada vez mais visibilidade dentro do programa da equipe austríaca.
Tsunoda já acumula oito corridas no time principal desde que substituiu Liam Lawson, ainda nas primeiras etapas do campeonato, com o objetivo de apoiar Max Verstappen na busca pelo título mundial. No entanto, sua contribuição tem sido limitada: nas últimas três corridas — Mônaco, Barcelona e Montreal —, o piloto não conseguiu marcar nenhum ponto.
Apesar disso, o consultor da Red Bull, Helmut Marko, reforçou ao jornal Kleine Zeitung que o plano segue inalterado. “A ideia é que Yuki complete a temporada. Ele está indo bem nas corridas, mas ainda encontra dificuldades nas classificações, especialmente quando há mudanças”, explicou.
Em Montreal, a história se repetiu: Tsunoda não avançou ao Q3, ficou cerca de meio segundo atrás de Verstappen na classificação, e ainda largou do fim do grid após uma penalidade. Na corrida, cruzou a linha de chegada em 12º lugar, mais uma vez fora da zona de pontuação.
Enquanto isso, Isack Hadjar vem chamando atenção na Racing Bulls. O francês de apenas 20 anos soma 21 pontos no campeonato, mais que o dobro dos 10 pontos de Tsunoda, e é hoje o segundo melhor piloto do universo Red Bull na tabela — atrás apenas de Verstappen. “Ele é simplesmente sensacional”, afirmou Marko. “Mostra desempenho sólido em todos os circuitos, mesmo os que ainda não conhecia. Superou nossas expectativas.”
Apesar da empolgação, Hadjar foi cauteloso ao falar sobre uma eventual promoção para a equipe principal. O jovem admitiu que ainda não se sente totalmente preparado para um salto tão grande em sua carreira.
Mesmo com as garantias atuais, o futuro de Tsunoda segue em aberto. A Red Bull ainda não definiu quem será o companheiro de Verstappen em 2026, e se o japonês não mostrar melhora nas próximas corridas, sua permanência na equipe para o próximo ano parece improvável. E a Red Bull não hesita em mudar seus planos, como ocorreu em 2019, quando Pierre Gasly perdeu o assento no meio da temporada para Alexander Albon, mesmo após receber garantias públicas.