Gabriel Bortoleto vive sua primeira temporada na F1 e já sente o peso — e o carinho — de representar o Brasil no grid. Em entrevista ao podcast oficial da categoria, Beyond the Grid, o piloto da Sauber destacou a pressão natural da torcida brasileira, mas garantiu que encara essa cobrança de forma positiva.
O jovem paulista também explicou a escolha do capacete com as cores da bandeira brasileira e inspirado em Ayrton Senna, seu ídolo.
“É uma mistura de Senna e Brasil. Sempre admirei as cores que ele usava e quis prestar essa homenagem nos 30 anos da sua morte. Fiz o capacete junto com a família, que aprovou a ideia, e levei para Imola. Foi incrível, parecia até um amuleto, porque consegui pole e pódio naquele fim de semana”, contou.
O gesto teve grande repercussão no Brasil, e Bortoleto decidiu manter o layout como marca pessoal. “Represento meu país e sinto que devo carregar essas cores comigo. Isso me deixa muito feliz.”
Questionado sobre a pressão de representar o Brasil, o piloto foi direto:
“Há pressão, claro, como em qualquer país. Mas no Brasil é maior, porque somos muito passionais. Os torcedores querem ver o país em destaque, seja na F1, no tênis ou em qualquer esporte. Colocam essa expectativa em cima de você, mas eu vejo como positivo, porque também recebo muito apoio.”
Bortoleto reconheceu que as críticas fazem parte da jornada:
“Quando você tem uma corrida difícil, sempre há pessoas que cobram. Mas é normal, faz parte do amor que os brasileiros têm pelo esporte. Muitas vezes não é uma crítica real, mas a dor de querer que você vá bem. Vai ser sempre assim.”
O repórter Tom Clarkson lembrou o exemplo de Rubens Barrichello, que sofreu com cobranças pesadas durante sua carreira. Bortoleto concordou:
“Com certeza, sempre foi assim no Brasil. Ficamos oito anos sem piloto no grid, e agora que temos, as pessoas querem vitórias imediatas. Mas é um processo. Precisamos crescer como equipe e isso leva tempo. Acredito que os resultados virão.”
Bortoleto também comentou sobre o carinho dos fãs em seu retorno ao Brasil durante a pausa da temporada:
“Hoje sou reconhecido em qualquer lugar. Em restaurantes, nas ruas, as pessoas vêm falar comigo e pedir fotos. O que mais me impressiona são as crianças. Muitas vezes tocam a campainha da minha casa só para pedir uma foto. Eu era esse garoto há alguns anos, e poder retribuir esse carinho é especial para mim.”
🔗 Junte-se à nossa comunidade!
👉 Entre no nosso grupo no WhatsApp para receber novidades, trocar ideias e ficar por dentro de tudo em tempo real.
📺 E não esqueça de se inscrever no nosso canal no YouTube para vídeos exclusivos, curiosidades e muito mais!